Escrevo o que penso, penso o que vejo , vejo o que quero ver.
Enquanto a cidade dorme, eu prenuncio o meu futuro e quando a cidade levanta e vai a sua luta diária, eu me deito e vejo meus sonhos indo feito água em direção ao ralo. Temo a vida muito mais do que temo a morte, porque sei que atrás da morte só o vazio reina mas, e por trás da vida, o que há? É isso o que quero saber. Já fui a igrejas, conversei com mendigos, ajudei à senhorinhas indefesas, apanhei e bati, brinquei de Deus e de homem.
Saio pelas ruas e relato o que penso, vejo, sinto, tento entender o que somos, se nossa existência faz mesmo sentido. O observador de vidas alheias, dos mendigos mais sujos aos empresários mais ricos, todos são iguais, não perante a Deus, mas perante a suas mentalidades e atitudes, todos amam, odeiam, choram, sorriem, brigam, reconciliam, avançam e retrocedem, pode ser branco ou negro, rico ou pobre, de mentalidade louca ou sã, homossexual ou heterossexual, todos, mesmo que por baixo de suas carapaças de arrogância falsos valores e egocentrismo têm pelo menos uma tarefa em mente: Orgulhar a quem vos ama, e muitas vezes quebram a cara, o orgulho que se queria dar, se transforma em vergonha e você se sente sem forças pra seguir.
A única força que ainda me move é a de um dia a vergonha que causei , ou que causo se transforme novamente em orgulho, e se for pra envergonhar alguém outra vez que seja longe de quem amo, por que já sei que o maior fracasso de um ser é ver as lágrimas rolarem no rosto de quem acreditou em você.
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