sábado, 23 de abril de 2011




Vagabundo nato, louco e desvairado,
Malandro, boêmio.
Acorda quando falta um minuto para o meio dia,
Só pra ter a desculpa de que acordou cedo.  
Assim que acorda toma o café e acende o cigarro,
Calça os chinelos e abre a janela pra levar a primeira surra do dia,
O sol lhe tira logo de cara a visão,
Ele fecha os olhos e aos poucos volta a enxergar, era só a primeira do dia.
Volta pra dentro e fecha a janela, toma um banho,
Põe uma roupa qualquer, pega os óculos escuros e vai pra rua, sua verdadeira casa.
Lá encontra a família que ele escolheu
Os mendigos, meretrizes, viciados, jovens irresponsáveis iguais a ele, e assim ele é.
Cabeleira exposta ao vento, cadarços soltos ao relento
Sem preocupações, sem obrigações
Guiado pelo amor, seja dos homens ou das mulheres que ele já amou
Aliais, não ama, pois tem medo de se aprisionar
Carrega dentro de si as declarações de amor que já lhe fizeram
E as lágrimas de quem lhe ouviu dizer não.
Mas segue seu caminho sem olhar pra trás,
A estrada é uma só assim como a vida,
Depressões vão embora com os goles de Whisky,
Os problemas se vão com o anoitecer,
Amores se fazem antes do galo cantar,
E ele vai embora, antes do povo acordar.

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