quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Me leva! Oh vento me leva pra ela...

Saudade do seu colo, de quando minhas lágrimas eram sobre o futuro e não sobre o passado, de quando o riso era espontâneo, de quando a morte era só uma certeza, não um medo. Saudade da menina de olhos coloridos que me fez enxergar o mundo não em preto e branco, mas o mundo que eu quis ver, saudades de quando eu tinha um porto seguro e ficava à deriva. De quando o amor era só a manifestação de dois amigos, saudade dos seus atrasos sempre pontuais, de seus mantras inventados na hora de se entregar, de suas palavras e conselhos, seu olhar traiçoeiro. Saudades do tempo que eu fazia coisas pra chamar sua atenção e não parecia palhaço, de quando eu planejava meu futuro pretendendo nunca me afastar dela. O tempo passou e eu me afastei, me doía a idéia de não poder tê-la todos os dias, sufocava-me mantê-la presa dentro de mim, quantas vezes senti-me vazio por que ela não estava lá para me consolar, quantas vezes a gargalhada era interrompida por que ela não estava ali para que eu pudesse compartilhar minha alegria. Minha Claricinha cresceu e se tornou mulher, muito mais mulher que já era, uma mulher que segue seu caminho longe do meu, mas que sempre que eu posso eu quero ter por perto, quero que ela saiba que o meu amor por ela é chama que não se apaga. Vai Claricinha, entrega-te, viva, mas lembre-se sempre de ter um lugar reservado pra mim, por que o seu já é reservado dentro de mim e não há quem vá te tirar daqui.


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