quarta-feira, 22 de junho de 2011

Rabugento

Deito e me viro,
Reviro e reflito
O que é viver no delito,
Se é normal gostar do proibido,
Confuso, eu estou
Desequilibrado, eu me vou
A pele avermelha-se em reação as flores de primavera,
No verão as minhas costas queimam,
Quando é outono os casais se namoram
E é no inverno que tudo vai embora.
Sentado na praça, eu leio
Releio e novamente me reviro,
Do avesso de mim, reflito
As mentiras que eu finjo que acredito
Os amigos que eu nunca quis ter,
As minhas demais personalidades de mim se esconder,
Minha teimosia em esperar o sol aparecer.
Resmungo e não nego,
Tenho o que quero e não me apego,
Se da vida nada vai se levar,
Meu veneno eu vou pra sempre lançar.
Acordo e levanto, me viro e reflito
Por que será que eu ainda raciocino?!

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